Realizada em Campinas desde 2006 por produtores culturais independentes, a Mostra Curta Audiovisual chega à sua 12ª edição em 2019.

Este ano, conta mais uma vez com o apoio do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (ProAC).

Empenhada na difusão da produção recente, além de instrumentalizar o público para uma fruição crítica e empoderar o uso de tecnologias cada vez mais acessíveis, a Mostra promove uma programação cultural gratuita que fomenta os encontros e as trocas de vivências entre diferentes formas de pensar o audiovisual, mantendo-se como o principal evento dedicado ao curta-metragem na região.

Fazer um recorte do audiovisual brasileiro em curta-metragem é uma responsabilidade que a cada edição se torna maior, foram 628 inscritos. Serão exibidos 120 filmes de todo o território nacional, representando 21 estados e o Distrito Federal, numa programação de exibições formada pelos Panorama Nacional, Ciclo Regional, e programas especiais.

No Panorama Nacional as sessões são batizadas com o nome de um antigo cinema de rua do município, uma referência à época de ouro do cinema na cidade. A seleção foi realizada por um trio de mulheres e as produções, em sua maioria, sejam as que foram inscritas, sejam as selecionadas, apresentam temas contemporâneos, como resgates da memória, intolerância, violência contra mulheres, filmes que promovem a valorização de culturas regionais, discussões de gênero, protagonistas trans, protagonistas negros e negras. A curadoria também destacou como curiosidade entre os curtas desta edição a presença de filmes marcadamente de gêneros de western e terror, apresentando uma multiplicidade de olhares e vozes.  

Duas das sessões serão apresentadas com recursos de acessibilidade (Audiodescrição ou Libras e LSE), com o intuito não apenas de garantir o acesso e a autonomia de pessoas com deficiência, mas promover ao público em geral, a experiência de uma sessão acessível de cinema. 

Já os filmes da região metropolitana, que pela primeira vez foram selecionados pelos realizadores locais numa curadoria coletiva, serão exibidos nas sessões Curta Campinas. Nesta edição os bate-papos pós sessão serão mediados pela equipe da CTAv – Câmara Temática do Audiovisual de Campinas que irá provocar e instigar debates acerca da produção dos diferentes autores da região.

Nos programas especiais haverá a Mostrinha, uma sessão infantil, que visa estimular o contato das crianças com filmes de curta-metragem, promovendo a alfabetização audiovisual, colaborando na complementação de aprendizados, formação de repertórios e na difusão do cinema infantil. A sessão Latina, traz o lema “Se cuida, se cuida seu machista; a América Latina vai ser toda feminista!”. E estreiam nesta edição as exibições de Videoclipes, Videodanças e filmes em Realidade Virtual. 

A Sessão Querida, com filmes dirigidos apenas por mulheres, está de volta à programação reforçando a participação da mulher no cinema e sua representação nas telas. Diante do número expressivo de inscrições deste ano, cabe ressaltar que aproximadamente 30% dos filmes que serão exibidos são dirigidos ou co-dirigidos por mulheres. A representatividade feminina se mostra forte, resistente e em crescimento latente. 

Em paralelo às sessões, a Mostra promove as atividades formativas buscando a capacitação de seus participantes. Nesta edição serão oferecidas duas masterclasses com a AIC  (Academia Internacional de Cinema), renomada escola de cinema que é parceira de longa data do evento. E três oficinas práticas, sendo duas destinadas ao público infantil, e uma que é a oportunidade de colocar a mão na massa na produção de um videoclipe. 

Ainda com o intuito de incrementar e ampliar as vivências dos público e ao mesmo tempo fortalecer as redes culturais do município, a Mostra traz novamente as atividades paralelas em sua programação, que contará com um espetáculo musical circense para crianças, intervenção de grafite, uma pedalada audiovisual e apresentações musicais com grupos locais.

No encerramento haverá um show beneficente, com a Banda Instrumentália e produção Casa da Cacilda, à Casa Sem Preconceito – projeto de redução de danos e promoção de cidadania que traz oportunidades para pessoas trans e travestis deixarem de ter as ruas como lar, mas que no momento encontra-se sem sede. 

A programação desta edição acontece em 9 dias distribuídos em 3 semanas consecutivas ocupando diversos espaços culturais do município, garantindo o mais amplo acesso da população em geral. 

Pela primeira vez realizada no primeiro semestre, a Mostra Curta Audiovisual convida todas e todos para juntarem-se a nós em mais uma maratona pelo mundo do curta-metragem, formato com alto potencial de representatividade, diversidade e denúncia. A intenção é garantir ao público dias  de celebrar encontros, fortalecer redes, trocar experiências e vivências, além de encantar-se, inquietar-se e permitir-se ser tocado pelos temas abordados nos filmes, oficinas e ações culturais promovidas na programação.

COMUNICADO: A MESA DE DEBATE "TORNAR-SE IMAGEM: O CINEMA NA ESCOLA", QUE ACONTECERIA NA CASA DO LAGO DIA 14/06 ÀS 14H00, FOI TRANSFERIDA PARA DIA 15/06 ÀS 14H00 - NA CEI AGOSTINHO PATTARO EM BARÃO GERALDO, A PEDIDO DA ORGANIZAÇÃO DA MOSTRA, POR CONTA DA GREVE GERAL NACIONAL MARCADA PARA DIA 14 DE JUNHO.

Confira os detalhes:

CEI AGOSTINHO PATTARO  - 15/06 - 14h
MESA “TORNAR-SE IMAGEM: O CINEMA NA ESCOLA”

Marina Mayumi (Mediação)

Participantes: Wenceslao M. de Oliveira Jr, Sandra Amaral, Simone Pinto da Silva, Ana Carolina de Araújo, Aline Caetano Begossi.

Sinopse: O que acontece quando escola e cinema se encontram? Que novos olhares podem vir a surgir quando aquelas/es que habitam cotidianamente a escola passam a compor trajetórias de cinema pela via da criação de novos mundos dentro e fora dela? A aposta em experimentações com vários modos de fazer cinema por toda a comunidade escolar se dá pela busca de atuar na regulamentação da lei 13.006/14 que propõe que todas as escolas de Educação Básica exibam minimamente duas horas mensais de filmes nacionais. Nossa conversa se situa no traçado de estratégias que inventam outros modos de fazer cinema que possam fazer da escola não só o lugar de exibição de filmes distribuídos no mercado, mas também, e principalmente, o lugar de encontro de pessoas, desejos, diferenças de onde emergem imagens e sons de um cinema em devir-escola.

Currículos Participantes:

Wenceslao M. de Oliveira Jr possui graduação em Geografia e Doutorado em Educação. Atualmente é professor Livre Docente no Departamento de Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte e pesquisador do Laboratório de Estudos Audiovisuais OLHO, ambos da Faculdade de Educação/Unicamp. Desde 2016 participa do projeto "Dispositivos de criação e a experiência do cinema na escola de educação básica do município de Campinas" e, em 2018, iniciou em duas escolas dessa rede de ensino o projeto "Lugar-escola e cinema: afetos e metamorfoses mútuas - do espaço às filmagens, das filmagens ao espaço.”

Sandra Amaral  é professora da Prefeitura Municipal de Campinas – CEI Regente Feijó. Possui graduação em Pedagogia e especialização em Educação Infantil: Alfabetização e Letramento.  Integrante do Cineclube Regente/Cha desde 2017.

Simone Pinto da Silva é pedagoga e pesquisadora. Pela Faculdade de Educação/UNICAMP, graduou-se em Pedagogia, especializou-se em Fundamentos Científicos e Didáticos na Formação de Professores e cursa Mestrado Profissional em Educação Escolar. Há vinte e sete anos trabalha na Prefeitura de Campinas, onde atualmente exerce o cargo de diretora educacional. No Centro de Educação Infantil em que trabalha, participa do Projeto Cinema e Educação desde 2017.

Ana Carolina de Araújo é mestra em Artes da Cena (UNICAMP), bacharela e licenciada em dança pela mesma universidade. É artista-docente de Arte no ensino fundamental da Prefeitura Municipal de Campinas. Pesquisa o desenvolvimento de processos criativos em dança e tecnologias digitais com os alunos do ensino fundamental, com ênfase no videodança, nas dimensões de sua fruição, criação e reflexão, compreendendo a escola enquanto potenciais espaços cênicos. É bailarina no Coletivo Invertido. Apresentou trabalhos na Mostra Educação da CineOP - 13ª Mostra de Cinema de Ouro Preto,III Mostra Kino Campinas e na VII Mostra de Cinema Estudantil, Mostra Lugar Nômade de Dança - Meia-noite: olho neles, da companhia Corpos Nômades. Foi convidada a integrar a programação da TV Escola com o videodança “esta não é a escola. é a outra escola”.

Aline Caetano Begossi  é formada pela UNICAMP em Pedagogia, com especialização em Educação Especial, Atendimento Educacional Especializado e Psicopedagogia. Trabalha na Sala de Recursos Multifuncionais da Prefeitura Municipal de Campinas como professora de Educação Especial e atende, no contraturno da escola regular, alunos com transtornos do espectro autista, altas habilidades/ superdotação e com deficiência (intelectual, auditiva, visual, física e múltipla).

Marina Mayumi (mediação)  é artista visual, educadora, mestre em Educação e doutoranda no Grupo OLHO - Laboratório de Estudos Audiovisuais da Faculdade de Educação da Unicamp. Atualmente pesquisa as relações entre cinema e educação a partir de propostas experimentais de cinema realizadas junto à professoras e professores da rede municipal de Campinas.

Seguem os links para toda a programação:

Facebook: https://www.facebook.com/mostracurtacampinas/

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCtqzVMDlN0XXTNBEwYFXLxw?sub_confirmation=1

Instagran: https://www.instagram.com/mostracurta

Inscrição: Não necessita se inscrever.

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Evento Gratuito.