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Proec apresenta relatório de gestão 2017-2021

Período foi marcado por mudanças importantes e valorização das ações de extensão e cultura



| Texto: Gabriela Villen | Fotos: Antonio Scarpineti e arquivo

Ao encerrar a gestão na Pro-reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Unicamp (2017-2021), Fernando Hashimoto e sua equipe celebram avanços significativos em suas duas frentes de atuação. A Extensão ganhou novo status nos estatutos e regimentos da universidade e entre os membros da comunidade, além de editais e prêmios específicos, e uma revista internacional. A Cultura, tratada como um dos eixos fundamentais na formação cidadã dos estudantes, assumiu definitivamente sua transversalidade passando pelo ensino, pela pesquisa e pela extensão. Seus projetos abraçaram o momento histórico vivido pela Unicamp no período, como o Vestibular Indígena e a nova política de cotas. Confira o relatório completo da gestão.

Fernando Hashimoto, pró-reitor de Extensão e Cultura da Unicamp (2017-2021)

 

"A Pró-reitoria passou por uma reestruturação muito grande na nossa gestão se tornando Pro-reitoria de Extensão e Cultura. Foi organizada com duas diretorias, com seus conselhos deliberativos e órgãos específicos", afirmou Hashimoto. O pró-reitor detacou a ampla discussão promovida sobre extensão na comunidade, que resultou na atualização dos estatutos e regimentos da universidade sobre extensão, e as diversas ações de valorização da extensão como: a criação das bolsas, ampliação dos editais, criação da gratificações de coordenador e secretário de extensão e o ajuste legal e estruturante da Escola de Extensão da Unicamp (Extecamp).


Conforme ressaltou Muriel Gavira, assessora responsável pela extensão, o processo foi de muito estudo. "Tivemos que estudar muito para não fazer as coisas da cabeça, mas com um embasamento teórico e também um embasamento prático, questionando, perguntando para quem já estava envolvido diretamente nas ações ou na coordenação", explicou. Segundo ela, o início da gestão foi marcado por mapeamento, pesquisa e análise. "Esse processo nos ajudou a entender as ações de extensão e os conceitos por trás delas, em âmbito local, nacional e internacional", pontuou.

Muriel Gavira, assessora Proec responsável pela extensão


Outro aspecto fundamental, de acordo com a assessora, foi a comunicação. "Dentro e fora da Unicamp, há uma percepção melhor do que é extensão. O Projeto Extensão 48 e as reportagens produzidas pela Diretoria de Comunicação (DCom) têm contribuído muito para mostrar e valorizar o que tem sido feito", afirmou. De acordo com Hashimoto,  a comunicação foi estabelecida pela gestão como estratégica. O pró-reitor destacou o sucesso dos projetos Extensão 48 e o OcupaExtensão, além da atuação nas plataformas digitais. O trabalho da DCom ganhou destaque em eventos internacionais de comunicação e divulgação científica, na América Latina e Europa. "Foi muito gratificante ver o interesse e o reconhecimento de universidades e instituições renomadas pelo nosso trabalho. Dar visibilidade internacional, através dos conteúdos que produzimos, às atividades de extensão e cultura desenvolvidas na Unicamp", comentou Marilisa Rossilho, diretora de Comunicação.

Marilisa Rossilho, diretora de Comunicação Proec


Hashimoto apontou ainda o fomento da discussão sobre cultura no meio universitário e o estabelecimento de ações de ações culturais nos diversos órgãos que compõem a Proec: a Casa do Lago, o CIS Guanabara, o Ginásio, o Centro de Convenções e os Museus. O pró-reitor destacou a magnitude dos projetos Otras Latinoaméricas e Funciona Cultura, trazendo artistas da américa latina para o convívio da comunidade e focando os servidores da Universidade, respectivamente.


Para Wenceslao de Oliveira Jr., responsável pela Diretoria de Cultura, o estabelecimento de uma nova diretoria na Proec mudou o modo de olhar para a cultura como dimensão da formação acadêmica. "Colocando mais centralidade, colocando em pauta a importância de se pensar a cultura, tanto no sentido mais amplo de formação subjetiva, de formação coletiva, quanto no sentido mais restrito de Cultura Universitária e consequentemente em tudo aquilo que diz respeito à cultura, no que diz respeito à diversidade, aos direitos humanos" ressaltou.

Wenceslao de Oliveira Jr., diretoria de Cultura Proec


O diretor destacou ainda o papel do Projeto Funciona Cultura durante a pandemia. "Ao deslocar as oficinas para o formato online, o projeto teve um papel de preenchimento desse tempo angustiado da pandemia. Ao mesmo tempo que gerou uma convivência coletiva entre os servidores em torno de questões que não diziam respeito propriamente ao trabalho, o que fazia com que houvesse uma ampliação de alegria e redução de tristezas", apontou. Segundo ele, para além do objetivo principal de "ampliar o sentido de pertencimento à universidade", o projeto promoveu e disponibilizou aos servidores possibilidades de se envolverem com atividades culturais, estimulando outras maneiras de olhar o mundo e novas possibilidades de resolução de questões.


A internacionalização através da cultura também foi uma das metas da Diretoria de Cultura, com o projeto Otras Latinoaméricas. " Foi um projeto muito bem sucedido", avaliou Oliveira Jr. Por meio do contato com outras universidades latino americanas, pesquisadores que desenvolvem trabalho que comunidades afro americanas e indígenas e vieram até a Unicamp nos oferecer oficinas.


A Diretoria de Cultura atuou ainda durante a pandemia no sentido de minimizar os efeitos sobre os artistas e agentes culturais da região, através de um edital que deu origem a um festival. "O CultuAR começou como uma mobilização da universidade e depois se desdobrou no Festival Aberto de Cultura e Arte da Proec. Ele permitiu uma abertura da Universidade para promover festivais e obras de arte, além de experimentar um cruzamento das atividades de ensino com atividades culturais", contou.

Coleção Jurema


O lançamento da Coleção Jurema - sabedorias ancestrais e direitos humanos - encerrou a gestão com chave de ouro. Os e-books, produzidos  em parceria com a Diretoria Executiva de Direitos Humanos (DeDH), buscam divulgar o que vem sendo desenvolvido na Universidade de forma acessível e qualificada. "Eles trazem uma mirada cuidadosa para a pertinência e a necessidade das sabedorias ancestrais e dos direitos humanos na universidade contemporânea, bem como o relato dos sonhos e esforços para que isto seja conquistado", afirmou Wenceslau.